Aqui esta mais um bom aliado para a CLASSIFICAÇÃO VOCAL com medidas quantitativas!
quarta-feira, 13 de abril de 2011
segunda-feira, 11 de abril de 2011
CLASSIFICAÇÃO VOCAL DO CANTOR LEONARDO GONÇALVES
Na semana especial da VOZ pedi autorização ao cantor Leonardo Gonçalves para falar de um assunto (um pouco polemico ...rs ) ... a classificação do naipe vocal do cantor.
Há quem aposte que o cantor e barítono, enquanto alguns afirmam categoricamente que um barítono não produziria notas tão agudas com a habilidade vocal que ele as emite.
A classificação vocal do cantor foi feita a partir de vários parâmetros . Dois dos mais importantes parâmetros usados foram:
1- O exame de videolaringoestroboscopia
Neste exame, foi possível observar a flexibilidade das pregas vocais e os ajustes fonatorios nos diferentes tons emitidos. Isto foi observado cuidadosamente tanto na emissão dos tons mais graves como na emissão dos tons mais agudos.
Ainda foi possível obter a medida (quantitativa) da freqüência emitida pelo cantor em seus diferentes ajustes fonatorios.
Usei também a medição e classificação do naipe vocal usando os parametros da
2- Tabela de Husson onde foi possível obter os seguintes resultados de extensão vocal:
A2 ate A5
No que se refere a tessitura vocal os resultados encontrados na tabela de Husson foram:
F3 ate E5
Observa-se que o cantor possui uma grande flexibilidade vocal tanto para notas graves quanto para notas agudas o que possibilita a emissão de vários tons com habilidade vocal e sem esforço.
Chamo esta classificação vocal de classificação vocal estendida, ou seja, não posso classifica-lo como um barítono, pois as notas agudas que ele alcança facilmente estão dentro da tessitura vocal de um tenor. E não posso classifica-lo como um tenor pois as notas graves que ele alcança facilmente estão dentro da tessitura vocal de um barítono.
Então classifico o cantor como :
Tenor com tessitura vocal estendida para o Barítono
Ou
Barítono com tessitura vocal estendida para Tenor
A confortabilidade vocal esta para o cantor nestes dois naipes e nas quebras de registros e passagens nos dois naipes também.
O que acontece e que a possibilidade de emissão de registros divergentes e muito grande e facilmente executada pelo cantor pois a flexibilidade vocal e resistência vocal do cantor ( a nível anatômico e fisiológico) são muito grandes.
Confesso que a primeira vez que acompanhei o cantor em avaliação laringoestroboscopica, ficamos alguns segundos parados sem palavras ... eu e o otorrino olhando um para o outro com um ponto de interrogação de: - não pode ser ... como alguém pode ter as pregas vocais tão “malhadas” assim ... =)
Confesso também que a disciplina do cantor em relação ao aprimoramento vocal e exercícios vocais para novos ajustes fonatorios e algo positivamente invejável!
Isso mesmo... o aprimoramento vocal periódico ( treino vocal) possibilita o fortalecimento e a mobilidade vocal permitindo a emissão de uma gama tonal maior e como maior habilidade vocal.
Finalizo este post agradecendo a disponibilidade do cantor permitindo-me postar sobre este assunto e pela felicidade de ser sua preparadora vocal! =)
Sinto-me abencoada!
Finalizo este post agradecendo a disponibilidade do cantor permitindo-me postar sobre este assunto e pela felicidade de ser sua preparadora vocal! =)
Sinto-me abencoada!
domingo, 10 de abril de 2011
CLASSIFICAÇÃO VOCAL
Classificação vocal, é um assunto muito sério. Uma classificação vocal inadequada, pode influenciar diretamente na saúde vocal do cantor.
Alguns cantores ainda acreditam, que o bonito é cantar em um determinado naipe ... em tonalidade mais aguda ou mais graves.
Definitivamente, a beleza vocal não esta em cantar em um determinado naipe e sim, explorar sonoridades, elementos vocais e habilidades em cada naipe.
A classificação vocal não deve ser feita comparando a voz cantada com a voz falada pois, voz falada e voz cantada são realidades diferentes (no que se refere a fisiologia vocal – ajustes fonatorios ).
Alguns cantores, possuem uma flexibilidade muscular grande, que os permite cantar utilizando uma tessitura vocal maior. Vale aqui descrever, que TESSITURA vocal é diferente de EXTENSÃO vocal.
TESSITURA VOCAL - Refere-se aos tons que o cantor pode emitir sem esforço, e com habilidades vocais.
EXTENSÃO VOCAL - Refere-se ao máximo de tons que o cantor pode emitir tanto nas freqüências graves, quanto nas freqüências agudas. Nesta medição, o que esta sendo avaliado e a maior possibilidade muscular vocal, do cantor.
Não se deve cantar jamais dentro da Extensão vocal ou seja, não é por que o cantor alcança aquela nota que ela pode ser cantada com saúde e habilidade vocal.
A classificação vocal deve englobar alguns parâmetros tais como:
1. O exame de videolaringoestroboscopia (onde podemos ver a flexibilidade das pregas vocais nos diferentes tons e termos resultados especificos de frequencias emitidas)
2. A classificação do naipe vocal à partir de tabelas classificatórias cientificas de tessitura e extensão. Nestas tabelas, é possível observar a confortabilidade vocal nos diferentes registros, bem como as quebras nas passagens dos registros e estabilidade vocal nos diferentes tons.
3. Observação e anotações do preparador vocal em relação às habilidades vocais do cantor.
A avaliação da tessitura vocal deve ser periódica. Se considerarmos o desenvolvimento e a aquisição de novos ajustes vocais, ela ira variar de acordo com o desenvolvimento vocal do cantor.
Já a extensão vocal varia de acordo com fatores ligados ao desenvolvimento ontogênico do ser humano (mudanças anatômicas que ocorrem de acordo com as diferentes idades de vida)
Muitos cantores desenvolvem problemas vocais por uma classificação vocal inadequada.
A dor e a rouquidão, podem ser um sinal de que alguma coisa não está bem.
Se todas as vezes que você faz uso da voz para o canto, você sente dor, ou fica rouco logo em seguida ou durante a apresentação ou ensaio, provavelmente você esta usando sua musculatura vocal de maneira inadequada e se esforçando para produção de tons que não sejam confortáveis a você.
Se todas as vezes que você faz uso da voz para o canto, você sente dor, ou fica rouco logo em seguida ou durante a apresentação ou ensaio, provavelmente você esta usando sua musculatura vocal de maneira inadequada e se esforçando para produção de tons que não sejam confortáveis a você.
Você deve passar por nova avaliação em relação a sua classificação vocal e procurar um fonoaudiólogo especialista em voz que possa melhor orientá-lo.
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